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ENTREVISTADO: CHARLES MONIZ (EX BAIXISTA)
ENTREVISTA REALIZADA PESSOALMENTE POR RAFAEL WILLIG, MEMBRO DA EQUIPE ALBR, EM 2005.

  All Star no pé, roupa preta descolada, brinco alargador na orelha esquerda, piercings nas duas narinas, aquele mesmo visual inconfundível que todos os fãs conhecem de longe. Charlie Moniz, 24 anos, o baixista da banda de Avril Lavigne, é um artista surpreendentemente natural e acessível quando visto de perto. Não se considera uma estrela, não acha nem um pouco natural que existam diversos fã-clubes com seu nome e fala com tranqüilidade sobre suas aventuras tocando na banda mais badalada no universo teen do momento. E ressalta: pra ele, apesar de tudo ser muito divertido, esse é seu trabalho.

  Charlie chegou ao hall de entrada do Hotel Sheraton (Curitiba – PR), onde Avril estava hospedada, por volta das seis horas da tarde. O show de Lavigne na Capital do Paraná aconteceria na Pedreira Paulo Leminski dali a exatamente cinco horas, e ela e sua banda se apresentariam para mais de 15 mil pessoas. Porém, Charlie parecia extremamente tranqüilo. Tudo não passava de parte de sua rotina.

  Nos quase quarenta minutos de conversa, Charlie se demonstrou uma pessoa amiga, dedicada e disciplinada. Revelou curiosidades sobre os bastidores, sobre sua vida, sua carreira e, é claro, sobre Avril Lavigne. Confira agora essa ENTREVISTA exclusiva que só mesmo o ALavigne.com.br poderia trazer pra você:

ALBR: Oi, Charlie, com licença, poderia falar com você por um instante?
Charlie: Claro.

ALBR: Olá, meu nome é Rafael, eu trabalho para o maior website sobre a Avril Lavigne do Brasil, e estou aqui representando milhões de fãs. Eu gostaria de saber o que você está achando do Brasil até agora, se vocês já saíram, o que conheceram…
Charlie: Bom, nós todos estamos gostando bastante até agora, estamos achando bem bonito e organizado, gostei do primeiro show, tipo, tem sido bem interessante.

ALBR: E vocês saíram, passearam, tiveram tempo pra festejar?
Charlie: Não, não fomos a nenhuma festa ainda ou algo do tipo, nem conhecemos muita coisa, infelizmente não temos muito tempo, pra te dizer a verdade, cara, a gente passa o tempo mais só dentro de hotel mesmo, nem vemos muita coisa.

ALBR: E vocês sabiam que tinham tantos fãs por aqui?
Charlie: Nossa, não, não mesmo, tipo, a gente sabia que a Avril é bem famosa por aqui, mas não sabíamos que fosse tanto, mas tipo, se ela não fosse famosa o suficiente não estaríamos aqui, então faz sentido.

ALBR: E como é a sensação de ver pessoas do mundo todo cantando as canções que vocês tocam, até lá no Japão, pessoas que não sabem falar a língua de vocês cantam as músicas em inglês… como é isso? Como você se sente?
Charlie: Na verdade não são “minhas” canções, não é “meu” disco, não é “minha” turnê, eu apenas faço parte da banda. É o disco da Avril, a turnê da Avril, é o nome dela que está lá, e isso deve ser bem bacana pra ela, mas pra mim não é assim tão fenomenal, não é tão fora do comum porque não é a minha música, digo, é bacana saber de tudo isso, é muito legal, mas não me sinto como se fosse algo tão meu, portanto não sou eu que deveria estar falando sobre isso. Esse é o mundo da Avril, não o meu. Ela é quem deveria estar respondendo essa pergunta.

ALBR: Sim, compreendo, mas existe um fenômeno interessante em torno de vocês, a banda da Avril em particular. Não posso falar por outros países, mas aqui no Brasil vocês são todos bastante famosos entre os fãs da Avril, vocês têm fã-clubes, seus fãs realmente gostam de vocês, realmente se importam com vocês. Como é isso? Como é ter fãs em volta do mundo todo?
Charlie: Na verdade eu não considero muito os fãs da Avril como meus fãs, eles não estão lá por minha causa… tipo, é muito legal saber que eles sentem carinho por mim, que curtem o que faço, que admiram meu trabalho, mas não é a minha música que estão curtindo, é a música da Avril, não é o “meu” disco. Fãs podem ser bastante esquisitos… Eles não me conhecem de verdade, sabe, não convivem comigo. Eles dizem coisas do tipo “Eu te amo”, mas como assim? (Risos) Eles não me amam, como podem me amar se nem me conhecem? Tipo, eu consigo entender o carinho que eles sentem, mas considero tudo isso bastante esquisito, porque o que eles vêem nos palcos é muito pouco pra saber quem eu sou de verdade, é tudo uma imagem, tudo parte do show.

ALBR: Sim, mas eles realmente gostam de vocês, e parece ser um processo mundial, por exemplo, quando o Evan saiu da banda, havia garotinhas chorando ao redor do mundo… deve ser esquisito pra vocês.
Charlie: Sim, nossa, muito esquisito, muito esquisito mesmo… Esquisito porque é como eu te disse, eles conhecem muito pouco de nós, e nós apenas trabalhamos com a Avril Lavigne. Nós estamos trabalhando. Tipo, me sinto bastante honrado e feliz quando sou valorizado, mas é estranho… Sabe, quando surgiu aquela garota que criou um site com o meu nome, nossa, foi bem estranho, um site com meu nome… eles sabem muito pouco pra fazer algo assim. É muito legal tudo isso, mas não acho que seja pra tanto.

ALBR: E como é a Avril?
Charlie: Como ela é?

ALBR: É, tipo, todos nós conhecemos a Avril Lavigne pop star, a estrela da música e dos discos, mas como ela é de verdade, no dia a dia, nos bastidores, como ela é por trás das câmeras?
Charlie: Cara, eu não conheço a Avril de verdade.

ALBR: Você não a conhece?
Charlie: Não, eu não a conheço tão bem, eu apenas trabalho com ela. A vejo em ensaios, shows, viagens… ela nos trata com muito respeito, mas é bastante reservada, quieta. Ela é de poucas palavras, ela se preserva bastante e não gosta muito de agito.

ALBR: Ela parece um tanto cansada ultimamente, ela está com um semblante mais cansado, vocês têm feito essa turnê há mais de um ano…
Charlie: É, ela está cansada, estamos todos muito cansados, passar um ano em turnê é bastante cansativo, indo de lugar em lugar, eu estou trabalhando com ela há três anos e sei o quanto tem sido cansativo, ela precisa de um descanso.

ALBR: Ela vai ficar um bom tempo fora do olhar público? Vocês vão sair de férias, quais são seus planos?
Charlie: Isso eu não sei te dizer com certeza, é como eu te disse, essa é a carreira dela, mas acredito que sim, todos precisamos muito de férias, com certeza nós vamos tirar um tempo pra descansar, mas não sei direito sobre como vai ser pra ela.

ALBR: O som dela evoluiu pra um estilo mais rock de “Let Go” pra “Under My Skin”. Você sabe alguma coisa sobre o novo som dela, como vai ser daqui pra frente?
Charlie: Olha, não sei, não faço a menor idéia, isso é só com ela também.

ALBR: Por que você acha que ela tem essa coisa toda de não falar da vida pessoal dela?
Charlie: Olha, eu não sei bem te dizer, mas eu consigo entender perfeitamente, tipo, se você se colocar no lugar dela, na posição de artista tão famosa que ela vive, vai ver que falar da vida pessoal não é tão bom assim, é muito difícil tudo isso, e eu entendo bem a atitude dela.

ALBR: E sobre essa história toda dela ter noivado com o Deryck, é verdade mesmo?
Charlie: Olha, acredito que sim… Como eu te disse, não falo muito com ela sobre esse tipo de coisa…

ALBR: Mas então eles estão mesmo noivos?
Charlie: Bom, ela tem uma aliança no dedo dela…

ALBR: O Deryck veio pro Brasil?
Charlie: Não, ele não veio.

ALBR: E o Evan? Vocês continuam falando com ele? Continuam mantendo contato?
Charlie: Nossa, cara, o Evan! O Evan tem um disco solo saindo logo logo, e tá muito legal, muito mesmo, eu acho que vocês vão gostar… O cara é muito gente boa, ele é muito legal, todos gostamos muito dele, e sempre nos telefonamos, nos vemos… acho que a saída da banda fez muito bem pra ele, ele agora vai poder mostrar uma música que é mais a cara dele, mais o estilo dele, e continuamos nos falando sim, sempre, ele é nosso amigo e sempre mantemos contato.

ALBR: E a Avril? Continua falando com ele? Continuam sendo amigos, mantendo contato?
Charlie: Isso eu não sei direito, acredito que sim, mas não sei te dizer com certeza.

ALBR: E você e os outros caras da banda? Têm planos pra uma carreira solo?
Charlie: Os outros caras eu não sei, mas acredito que não, porque gostamos de tocar em bandas… E eu não, por enquanto não, não tenho nenhum projeto solo em mente, não pretendo tocar sozinho… Na verdade eu já tocava com outras pessoas antes, há três anos estou tocando com a Avril, e tem sido muito legal, não penso em nada muito diferente disso, não tenho nenhum projeto em mente.

ALBR: Você tinha sua própria banda ou tocava pra outros artistas?
Charlie: Tocava pra outros artistas.

ALBR: Que artistas?
Charlie: Ah, basicamente bandas de punk, tipo punk rock, várias delas. Eu tocava bateria antes, e ainda toco de vez em quando.

ALBR: Que mensagem você deixa pros fãs que visitam o nosso site e os fãs brasileiros em geral?
Charlie: Gostaria de agradecer pelo carinho e pelo apoio e desejar tudo de bom pra todos eles, afinal é por eles que estamos aqui.