No último dia 5 de novembro, terça-feira, Avril Lavigne cedeu uma entrevista ao site Parade.com onde falou de seu novo álbum, vida pessoal e sobre sua timidez.
Confira a entrevista na íntegra aqui:
No verão passado, Avril Lavigne tirou uma folga dos holofotes. Ela se mudou para Paris para estudar francês: uma decisão que ela descreve como “boa para minha cabeça”.
“Quando você está em L.A., as pessoas ficam te vigiando. Na França, as pessoas não são assim. Eu podia andar por aí e me esconder, afinal, sou muito pequena. Eu podia fazer o que quisesse. Eu estava sozinha. Não estava trabalhando. Foi a minha folga. Me senti uma garotinha novamente.”
É claro que Lavigne, com 29 anos, é tudo, menos uma garotinha. Ela está curtindo a vida de casada com o vocalista da banda Nickelback, Chad Kroeger, e hoje lançou seu quinto álbum. Uma coletânea epônima de hinos de adolescentes, algumas faixas mais marcantes e adultas, incluindo uma colaboração única com Marilyn Manson, e uma balada melancólica em dueto com seu marido, “Let Me Go”.
Na noite anterior ao lançamento de seu álbum, Lavigne falou a Parade.com sobre como a música a aproximou de Chad, sobre sua timidez em uma indústria tão extrovertida, e seu surpreendente gosto por Frank Sinatra.
Como você descreveria seu novo álbum?
“Ele é muito eu. É bom dizer isso porque, afinal, ele é autointitulado. Eu acho que é muito diverso. Tem vários estilos diferentes… Há baladas, faixas pop, rock, músicas de verão. É nostálgico. Há uma música eletrônica… Eu não consegui encontrar uma palavra para resumí-lo. E visualmente, olhando por uma perspectiva mais criativa, a capa de álbum é uma foto de rosto. Ficou visualmente melhor que apenas um título. Então tudo faz sentido…”
Como é seu relacionamento profissional com Chad?
“No princípio tudo se resumia a trabalho, pois foi como tudo começou. Mas nos divertíamos e era ótimo. Foi assim que a coisa cresceu. Nós nos unimos através da música, compondo… E foi provavelmente a melhor fase da minha vida! Foi muito divertido! Eu estava trabalhando só com gente nova, fazendo amigos, e Chad e eu ficamos muito amigos… E isso evoluiu naturalmente. Não pensamos muito onde daria…”
Qual é a sua música favorita nesse álbum?
“Eu gosto de ‘Hush hush’, que é a última faixa. Eu costumo colocar minhas faixas introspectivas favoritas no final dos álbuns…”
Seus fãs mudaram desde que lançou Let Go em 2002?
“Eu acho que meus fãs cresceram comigo. Eu não tenho certeza, mas sinto que minha plateia cresceu comigo… Eu me lembro do meu primeiro álbum… As fãs eram tão garotinhas! Agora as pessoas estão com seus 20 anos… Quando eu toco meus primeiros singles (como ‘Complicated’ e ‘Sk8er boi’), todos sabem de cor… É o ápice do show. Todos os singles que eu toco são as partes mais animadas! E eu penso ‘Okay, tenho que tocar todos os singles!’ Algumas bandas não gostam disso porque querem ser legais ou algo do tipo. Eles agem tipo ‘Eu não toco essa música ao vivo’ (risos) Para mim, é importante!”
Você incluiu músicas mais sérias neste álbum para mostrar que cresceu desde Let Go, em 2002?
“Não. Nem sabia o que queria fazer, para ser sincera. Eu escrevi várias músicas… Só isso. Geralmente, em cada álbum, eu penso: ‘quero fazer isso!’, como em The Best Damn Thing, eu queria fazer um álbum que fosse muito animado para shows ao vivo. E esse álbum, eu pensei ‘O que é que eu vou fazer? Eu não sei… Vou simplesmente escrever músicas!’ Então eu escrevi muitas, por volta de umas trinta, e escolhi treze.”
Você vai lançar as músicas que não entraram neste álbum?
“Claro! Amo todas elas, e elas são poderosas! Eu tinha muito material em mãos…”
Você disse ser uma grande fã de Frank Sinatra! Você sempre foi fã desse tipo de música?
“Não mesmo! Mas agora não consigo parar de ouvi-lo! Eu amo músicas de Nata e sempre ouvi CDs de Natal (durante minha infância)… Eram CDs do meu pai! Acho que um deles era Frank Sinatra. Mas, sim, eu gosto desse típo de música agora… Ela me faz sentir bem.”
Você contou a Parade.com em 2011 que é, na verdade, tímida e introvertida. Como consegue balancear isso om seu estilo de vida tão extrovertido?
“Essa a parte mais difícil do meu trabalho! Eu sou introvertida e meu trabalho exige que seja extrovertida. É meu desafio diário. É isso: não posso reclamar. Mas meu maior desafio é conhecer pessoas e falar com elas, pois elas esperam alguma coisa… Isso requer muita energia. Eu sou mais quieta, calma, do tipo que fica sentada no canto… Quando estou com meus amigos, no fim do dia e não estou trabalhando, eu sou mais falante e louca.”
O que te inspirou a ajudar crianças com deficiências e doenças sérias com a Avril Lavigne Foundation?
“Para mim, de todos os milhões de problemas do mundo e de todos os que eu me envolvi, esse foi o que mais me tocou. Eu tive a experiência de trabalhar com a Make a Wish Foundation e conheci algumas crianças que realmente gostariam de me conhecer e que tinham deficiências ou estavam muito doentes e pensei em ajudá-las mais. Eu estou feliz e animada com o que temos feito para apoiar programas recreacionais, programas extraclasse, acampamentos, e envolver meus fãs de qualquer maneira que eles possam ajudar…”
Qual é a sua opinião sobre shows como American Idol e The Voice? Você acha que são boas formas de se descobrir jovens talentos?
“Eu acho que existem muitos shows assim. Eu acho que alguns funcionam. É uma boa maneira de se promover. Eu fiz tudo o que pude na minha época. Cantei em feiras e competições… E é isso que tem que fazer. Você faz o que puder para ser notada e torcer para que dê certo.”
Qual é o seu conselho para jovens artistas que querem começar na indústria (musical)?
“Eu acho que o principal é ser quem você é. Bata o pé, pois várias pessoas vão tentar te mudar para se adequar à moda. Mas você não precisa fazer isso… Você precisa ouvir a si mesmo e ficar firme, pois você precisa estar feliz e se sentir honesto consigo mesmo para conseguir dar o seu melhor.”
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